Há
uns meses a esta parte que é notória uma forte clivagem no interior do PS local.
Questão
menor para o PSD e para os cabeceirenses, não fora o facto de isso se ter
transformado numa campanha de alarmismo social e de intoxicação da opinião
pública, sem qualquer fundamento, a propósito da reorganização dos serviços do
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.
De
acordo com a orientação definida pelo Despacho n.º 14898/2011, de 3 de
Novembro, foi retirada a ambulância SIV – Suporte Imediato de Vida, colocada
junto do Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto, para a integrar num serviço de
urgência básico, tal como se encontra legislado desde o ano passado.
Porém,
os Cabeceirenses não foram abandonados à sua sorte. Nos termos legislativos,
foi criado um PEM – Posto de Emergência Médico, um serviço coordenado e
supervisionado pelo INEM, sedeado nos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses, que
já anteriormente asseguravam, juntamente com a Cruz Vermelha do Arco de Baúlhe,
a assistência em caso de urgência, quando a viatura SIV não se encontrava
disponível.
Este
processo normal e que ocorreu de igual modo noutros concelhos, sem qualquer
reparo ou contestação, foi o pretexto para um acerto de contas, no interior do
PS local, com um seu militante e autarca, que é também o presidente da direcção
dos Bombeiros Cabeceirenses.
Só
que esse processo foi executado no seio do executivo municipal e está a ser
levado a cabo em nome do município e dos cabeceirenses.
Repudiamos
totalmente estes procedimentos e a tentativa de transformar um acto de gestão,
de entidades autónomas, num processo de virar cabeceirenses contra outros
cabeceirenses, num litígio entre instituições locais.
A
política de dividir para reinar já foi experimentada várias vezes no passado.
Recordamos a manifestação em defesa do matadouro, o processo para as eleições
na Caixa Agrícola, nos Bombeiros e na Cabasto, para além das manifestações
contra a Santa Casa da Misericórdia, a propósito da recuperação do antigo
hospital.
Volvidos
estes anos, verificamos que o concelho ficou sempre a perder, mas houve alguém
que ficou sempre a ganhar.
Neste
processo não aceitamos actos de divisionismo, de alarmismo, de demagogia.
Assumimos
as conclusões da proposta levada à última reunião da Câmara Municipal em que se
propunha defender os interesses do concelho e dos cabeceirenses, constituindo
uma comissão para estudar, com a Administração Regional de Saúde e o INEM, a
possibilidade de recolocação da viatura SIV em Cabeceiras, num contexto da
revisão das estruturas de saúde.
Mas
repudiamos todos os actos que visem, apenas e só, ataques institucionais ou
pessoais, de cariz político e partidário.
Cabeceiras
precisa que se ponham os interesses do concelho e dos cabeceirenses acima dos
interesses de quem o governa.
Basta
de demagogia, de alarmismo social e de intoxicação da opinião pública,
assumidos, irresponsavelmente, em nome do município.
O
PS que faça o que quiser, mas que o assuma partidariamente.
Cabeceiras de Basto, 12
de Outubro de 2012
Gabinete de Comunicação
da Secção do PSD
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