O estado de conservação das estradas do concelho é lastimável e
constitui motivo de crítica humorística nas redes sociais.
Porém, a situação é grave demais para ser encarada apenas com humor.
A segurança rodoviária, a segurança de pessoas e bens, a necessidade
de vias de qualidade a atravessar o concelho são elementos fundamentais para o
desenvolvimento económico, para a criação de riqueza, para o desenvolvimento,
para a criação e manutenção de empregos.
Durante muitos anos ouvimos o discurso oficial afirmar o grande
incremento na rede viária. Sempre retorquimos que essas obras estavam a ser mal
feitas e a curto prazo haveríamos de ter as estradas em péssimo estado.
Esse futuro é já hoje e mais uma vez tínhamos razão!
O que dizer da ER311, entre a vila e Lodeiro d’Arque? Não há adjetivos
para caraterizar o que se passa. As obras de retificação da estrada e
repavimentação começaram há longos meses, mas ninguém anda por lá a acabar o que
foi começado. Parte do trabalho feito já foi destruído pela água das chuvas e
pelo trânsito que por lá passa. Muitos dos que têm de fazer esse trajeto
diariamente procuram alternativas, por outras localidades serranas. Há empresas
que evitam esse percurso, face ao elevado índice de avarias provocadas pelo
estado da via.
Mas do outro lado do concelho, a situação é semelhante. A EM que liga
a Ponte de Cavez às freguesias de Vilar de Cunhas e de Gondiães, principalmente
de Moimenta a Cunhas, não há estrada. Há buracos! Como se quererá que as
riquezas locais, os inertes e a madeira, sejam devidamente extraídas? É assim
que se apoia os empresários? E as populações que têm de fazer aquela estrada?
Como se protegem dos perigos e dos prejuízos causados?
Mesmo no centro da sede do concelho, a situação é idêntica.
Basta dar
uma volta pelo Campo do Seco, rotunda do Rio, R. 25 de Abril, Sobreira,
Raposeira, e encontramos múltiplos buracos, obstáculos e uma confrangedora
falta de sinalização dos perigos existentes. O mesmo acontece no Arco de Baúlhe
e na generalidade das estradas das outras freguesias.
Termina-se, ainda, com a “famosa” “rotunda da vergonha”, em Lamas.
Depois das nossas denúncias e propostas, alguém (a Câmara ou o empreiteiro?)
remendou a situação. Foi pavimentada a parte central da rotunda, permitindo com
normalidade o seu uso. Mas como é usual, não poderia ficar concluída, pelo que
o alcatrão faltou para acabar a pavimentação de uns poucos metros quadrados,
deixando, para que não nos esqueçamos, ali ainda uns buracos!
Como temos afirmado, a gestão das prioridades, o planeamento não é
devidamente efetuado. Hoje estamos a sofrer os efeitos desses erros, da forma
errada como as próprias obras são executadas e de que a ER311 é o principal
exemplo.
É preciso um plano de emergência para resolver este problema.
Estamos atentos. Esta é uma das nossas prioridades.
Cabeceiras de Basto, 22
de Março de 2013
Gabinete de Comunicação
da Secção do PSD