terça-feira, 26 de julho de 2011

Presidente da CPS a "O Basto" - texto integral

Reprodução integral do teor da entrevista dada pelo Presidente da CPS do PSD de Cabeceiras de Basto ao jornal "O Basto", da qual resultou o trabalho jornalístico já divulgado.
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ENTREVISTA AO JORNAL “O BASTO”
Um amplo movimento de cidadania para mudar Cabeceiras

1. Desde que tomou conta da liderança do PSD Cabeceirense podemos dizer que amealhou uma vitória no concelho, nas legislativas. Realçando as devidas diferenças políticas com o contexto local, como comenta estes resultados tendo em conta as eleições autárquicas de 2013 em Cabeceiras de Basto?
R. – Os atuais órgãos da Secção do PSD só foram eleitos em 2 de abril, já com o processo eleitoral para as eleições legislativas em curso. Fizemos uma campanha eleitoral forte, com atividades diferenciadas e em todo o concelho. Promovemos três debates, visitámos seis instituições, concederam-se várias entrevistas na rádio, houve contacto com as populações de todas as freguesias. Enfim, foi uma campanha de contacto pessoal, que procurou ser o mais esclarecedora possível, porque entendemos que é a falar com as pessoas que assumimos responsabilidades pela ação política.
O resultado destas eleições foi extraordinariamente importante. É a primeira vitória em 20 anos para as legislativas. É também a primeira vitória conseguida perante um poder que se arrasta no tempo, quer em Cabeceiras quer no distrito.
Certamente não poderemos extrapolar os resultados das legislativas para as eleições autárquicas, mas é sempre auspicioso saber que o eleitorado cabeceirense se pode mobilizar em torno de um projeto apresentado pelo PSD.

2. Como avalia estes quase 20 anos de poder socialista em Cabeceiras de Basto e, consequentemente, a prestação da oposição social-democrata neste mesmo tempo?
R. – Quase vinte anos de poder é muito tempo. É tempo para marcar uma época. Sabemos e reconhecemos que muito foi feito. Coisas meritórias, outras nem tanto. Mas volvidos estes anos sabemos que dezenas de milhões de euros foram investidos na nossa terra, mas ela não ficou mais rica, mais desenvolvida. São assustadores os indicadores que se conhecem. Níveis de desertificação acentuados, desemprego galopante, forte emigração, resultados escolares deficientes, muitas famílias em situação de grave situação social e económica.
O concelho continua a situar-se na cauda das listagens dos indicadores de desenvolvimento. Por isso, e sempre o afirmámos, o investimento feito não contribuiu para desenvolver o concelho e satisfazer as necessidades dos cabeceirenses, independentemente do crescimento urbanístico que todos podemos ver.
As condições de desenvolvimento deviam ter sido orientadas para as pessoas, para os cabeceirenses, de modo a elevar as suas qualificações, criar projetos produtivos e geradores de riqueza que permitissem criar empregos e consequentemente maior rendimento para as famílias.
O PSD enquanto oposição procurou alertar para os erros desta governação, mas em período de muitas festas olha-se pouco para a miséria que grassa à volta. É só quando o mal nos bate à porta que muitas vezes acordamos, mesmo que já seja tarde. Parece que é a atual situação. Não por culpa de quem em devido tempo foi clamando, mas por quem nem permitia que houvesse um salutar debate de ideias. Reconheço também que nem sempre conseguimos fazer o papel da oposição da forma mais adequada, mas são as vicissitudes das organizações e dos contextos políticos.

3. Houve muitas críticas  em relação ao projeto 
político e aos protagonistas da coligação "Pela Nossa Terra" da candidatura apresentada em 2009. Como comenta esta assunção? Pensa que a coligação "desleixou-se" perante a previsão de uma derrota antecipada?
R. – Eu não estou na direção do partido para analisar o passado. Tenho consciência dele, mas estou aqui para promover o futuro. É com os olhos em 2013 que estamos a preparar o PSD e consequentemente a coligação para as eleições que se seguem. Mais, estamos ainda empenhados em promover um projeto político para o concelho que o prepare para os desafios que se nos vão colocar ao longo desta década.

4. Poderá dizer-nos quais serão as linhas orientadoras que o PSD delineará para o projeto 
político a apresentar para as Autárquicas 2013?
R. – O PSD e a coligação que integrará irão apresentar aos cabeceirenses um projeto político que defina um plano de desenvolvimento sustentado para o concelho. Não podemos continuar a pensar em fazer obras avulsas, ao sabor de impulsos eleitoralistas, que não contribuem para desenvolver Cabeceiras. Temos de apostar verdadeiramente nos nossos recursos, nos naturais e nos humanos. Temos de orientar os recursos financeiros (seguramente cada vez mais escassos) para dinamizar a economia local em vez de engordar o orçamento municipal. Este projeto será desenvolvido por um Gabinete de Estudos e esperamos o contributo dos cidadãos cabeceirenses, já que haverá espaço à sua participação.

5. Já têm alguma medida concreta que queiram divulgar?
R. – As medidas concretas serão apresentadas mais tarde. Contudo e desde já, salientar uma nova atitude: pretendemos que a autarquia passe a estar verdadeiramente ao serviço dos cabeceirenses, mesmo de todos os cabeceirenses. Queremos uma autarquia de portas abertas para todos. Que seja uma entidade que sirva os cabeceirenses, facilitando o empreendedorismo, que seja  isenta e transparente. Pretendemos uma autarquia aberta, democrática e amiga do cidadão. Uma autarquia que exista para servir e responder às necessidades dos seus munícipes.

6. Numa recente entrevista à Rádio Voz de Basto  afirmou que o PSD está disponível para alargar a aliança que tem com o CDS-PP. Isto significa que estarão a tentar reunir um conjunto de "independentes" que se revejam no projeto 
político que apresentarão?
R. – Venho referindo, há muito, que Cabeceiras precisa de um amplo movimento de cidadania que mobilize a sociedade para os desafios do futuro. Futuro que hoje se nos apresenta ainda mais problemático. Nesse sentido, o projeto que o PSD integrará deve ampliar o âmbito da coligação que já existe com o CDS-PP. Devemos convocar os cabeceirenses para contribuírem para esse novo projeto. Cidadãos livres que queiram dar ideias, queiram integrar estruturas, queiram apresentar-se como candidatos, queiram servir o seu concelho e os seus concidadãos. Todos podem e devem ter o seu espaço e a sua oportunidade. Ao contrário de outros, entendemos que o concelho não é uma quinta de alguns, mas o património de todos. Por isso, esperamos contar com a participação de muitos cabeceirenses que não se integram na militância no PSD ou no CDS-PP.

7. O PSD já pode adiantar alguns nomes de candidatos aos órgãos autárquicos locais?
R. – Conforme já tenho referido, este não é ainda o momento de lançar nomes de candidatos. O país vive momentos dramáticos, que impõem novas medidas. O concelho necessita de um projeto político que defina os vetores do seu desenvolvimento. Agora é crucial estar à altura das responsabilidades deste momento. Só quem quer o poder a todo o custo, só quem olha para o seu umbigo está preocupado com  nomes, com lugares. Nós estamos preocupados com o concelho e com os cabeceirenses. Vamos fazer o que tem de ser feito e, a seu tempo, teremos também as equipas que lhe darão corpo.

8. O que tem a dizer sobre os dois, até ao momento, candidatos disponíveis do PS: Dr. China Pereira e Eng. Joaquim Barreto?
R.- Conforme já tive oportunidade de dizer, os cabeceirenses devem agradecer a disponibilidade a estas duas figuras dos últimos trinta anos do PS. São o rosto de um longo passado e de um projecto esgotado, mas o concelho precisa de uma equipa nova, com novas ideias, com um novo projecto para o futuro. Esta seria uma solução de continuidade, na qual ninguém saberia ao certo quem mandaria. Seria uma solução que não beneficiaria o concelho, nem os cabeceirenses e até os próprios candidatos.

9.  Fala-se numa suposta rutura 
no seio do PS local, nomeadamente, entre o Dr. Jorge Machado e Joaquim Barreto. Caso um dos cenários se realize, ou seja, uma candidatura independente liderada por Jorge Machado, o PSD estaria disponível para o apoiar diretamente ou então indiretamente (não apresentando uma candidatura própria)?
R. – As questões internas do PS não nos dizem respeito. Esta eventual rutura é entre militantes e autarcas do PS. A estrutura da coligação, que o PSD integrará, escolherá os candidatos que considere estar em melhores condições para cumprir o projeto político e para ganhar as eleições. De todo o modo, a estratégia autárquica aprovada pelo PSD passa por concorrer, em coligação, a todos os órgãos autárquicos do concelho, pelo que a hipótese de não apresentar candidaturas próprias está claramente excluída.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.         

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entrevista do Presidente da Comissão Política do PSD de Cabeceiras de Basto

Leia aqui a entrevista do Presidente da CPS de Cabeceiras de Basto ao jornal "O Basto", na edição de Julho.


Agradecemos que comente e participe nesse movimento de cidadania cabeceirense.

segunda-feira, 11 de julho de 2011