Mário Leite e Hugo Pacheco, em representação da Secção do PSD de Cabeceiras, estiveram ontem, segunda-feira, reunidos com o Presidente da Câmara para ouvirem as propostas que o executivo irá propor nas Grandes Opções do Plano - GOP e no Orçamento para 2013.
Na ocasião apresentaram também as propostas do PSD, que se transcrevem:
Nos termos da Lei n.º
24/98, de 26 de Maio, V. Ex.ª convidou o PSD a pronunciar-se, sobre as
propostas das Grandes Opções do Plano (GOP) e do Orçamento para o ano de 2013.
Não obstante
desconhecermos a evolução da execução das GOP e do Orçamento de 2012, até ao
momento, e os demais estudos prévios em que deveria assentar a elaboração dos
documentos em causa, mais uma vez dados a conhecer já para além do prazo de
inclusão na agenda da próxima reunião do executivo, o PSD não deixa de
expressar a sua opinião, que queremos construtiva em defesa do futuro de
Cabeceiras e dos Cabeceirenses.
Ainda mais, quando consideramos
que Portugal vive um momento particularmente difícil, o que condiciona também
as opções que ao nível de cada autarquia têm de ser tomadas.
De qualquer forma, e porque a responsabilidade política assim o exige, apresentamos
as sugestões que entendemos como essenciais nas GOP e no Orçamento para o
próximo ano:
§
As GOP devem ser um
documento claro e preciso, e não um enumerado de intenções ou uma mera listagem
das obras necessárias, fundamentalmente em ano eleitoral;
§
As GOP devem definir os
objetivos a alcançar em cada uma das áreas de atuação, estabelecendo critérios
e compromissos que evitem uma execução ao ritmo das circunstâncias e de
interesses eleitorais;
§
Em termos de prioridades,
entendemos dever ser tido em consideração: 1.ª – as políticas de incentivo à
captação de investimento e empregabilidade; 2.ª – apoio social; 3.ª - a
satisfação das necessidades básicas (água, resíduos sólidos, acessibilidades e
saneamento); 4.ª – uma política para a juventude e a educação; e 5.ª – a
conservação, a manutenção e a valorização dos patrimónios naturais e edificados
do concelho como uma aposta no turismo;
§
As GOP e o Orçamento devem
refletir com realismo e correção a situação financeira do município, evitando a
sobrevalorização das receitas e a subvalorização da despesa;
§
O Orçamento deve ser
transparente e rigoroso, assumindo as efetivas dívidas ou encargos de anos
anteriores;
§
As GOP e o Orçamento
deverão explicitar claramente as obras, as atividades, os seus custos e os encargos
futuros, havendo uma sintonia entre os dois documentos, transmitindo a todos, e
particularmente aos munícipes, clareza e objetividade nos atos previsionais da
autarquia;
§
As GOP e o Orçamento
devem-se pautar pela diminuição da despesa, pela diminuição dos custos na
aquisição de bens e serviços, pela contenção na área do investimento, e por um
plano de controlo e redução da dívida existente, o que deve ser acompanhado da
redução de custos para os munícipes;
§
Nesse sentido e como forma
de gerar um clima de atração de pessoas, empresas e investimento para o
concelho, as GOP e o Orçamento devem prever incentivos e a diminuição de
impostos, de taxas e licenças, para as famílias e para as empresas;
§
As GOP e o Orçamento devem
prever a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Integrado e Sustentado para
o concelho, perspetivando as linhas essenciais para o seu desenvolvimento, a
médio prazo;
§
Reiteramos, mais uma vez,
que as GOP e o Orçamento devem prever um plano global de delegação de
competências em todas as Juntas de Freguesia, acompanhada da respetiva
transferência financeira;
§
Cientes de que a estratégia
da autarquia não tem dado os resultados positivos que se desejam, reiteramos
que as GOP e o Orçamento devem definir as políticas para a Juventude e para o
Associativismo, o que, neste caso, deverá passar pela criação de um contrato-programa
regulador de direitos, deveres, apoios e incentivos que se aplique de forma
equitativa e justa a todas as associações;
§
As GOP e o Orçamento devem
prever um plano para a organização dos serviços e da gestão municipal,
potenciadores de uma ação mais aberta e participada, mais democrática, mais
transparente, mais rigorosa e menos onerosa para os cabeceirenses.
Senhor Presidente
Se os documentos que vierem a ser apresentados, ao Executivo e à
Assembleia Municipal, contemplarem de forma objetiva as questões enunciadas, o PSD
considerará estarem reunidas as condições para fazer face à situação do
município, pelo que não deixará, nos órgãos municipais, de promover a sua
aprovação.
Com os melhores cumprimentos.
Cabeceiras de Basto, 17 de Dezembro de 2012
Comissão Política Concelhia do PSD de
Cabeceiras de Basto
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