quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Espírito reformista


Nos últimos anos os portugueses viveram a fantasia de um País adiado, por falta de coragem política e de sentido de Estado de quem nos embalou num sono de que muitos teimosamente não querem acordar.
É fácil identificar as causas e os causadores da letargia em que o nosso País se encontra, mas não basta fazer o diagnóstico, é preciso ação e coragem para empreender uma dinâmica reformista para bem de nós todos.
Se, por um lado, o nosso País está “acantonado” entre um acordo internacional que é imperioso cumprir e um “país real” em verdadeiro estado de emergência económica e social, por outro esta é a altura em que se exigem medidas que não só nos relancem na rampa do crescimento económico e da estabilidade social, como criem condições para que não mais vivamos período como este.
A administração pública, os seus funcionários e agentes, não são o rosto do culpado, nem podem ser o bode expiatório, mas têm que ser o primeiro a avançar e o exemplo a seguir.
É esta exemplaridade que se exige a quem hoje desempenha funções públicas e tanto se exige a quem foi mandatado para governar, como a todos quantos são pagos com o erário público para executar tarefas públicas.
Os autarcas e as autarquias sempre souberam estar na primeira linha do espírito reformista e a história está repleta de situações em que Freguesias e Municípios souberam dar o mote e se empenharam na construção de um País melhor.
Hoje como no passado exige-se esse mesmo sentido de responsabilidade quando se pede cada vez mais e melhor proximidade aos autarcas locais, mais e maior atenção às populações que servem, que cada vez mais precisam desses mesmos autarcas.
A reforma a que todos somos convocados a participar não pretende diminuir essa proximidade, não pressupõe uma menor necessidade desse verdadeiro amortecedor social, nem significará desconsideração por todos quantos se entregam a esse exercício de cidadania.
O que se pede aos autarcas, nomeadamente aos das Freguesias, é mais um exercício de patriotismo, que adiram ao espírito reformista em curso, fazendo cada vez mais com cada vez menos.
O Presidente da Comissão Política Distrital de Braga do PSD
Paulo Cunha  

in: Diário do Minho, 18/10/2011

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