quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O financiamento das AEC

Ao contrário de outros anos, o ano lectivo começou com normalidade.
O Ministro da Educação teve o bom senso de não fazer alterações de última hora no arranque do ano escolar, permitindo assim que o processo do seu lançamento, se executasse sem sobressaltos.
Mais ainda, serenou os ânimos com os acordos sobre a avaliação dos professores e com as escolas privadas.
Em pouco mais de dois meses, resolveram-se situações que incendiavam as escolas e os professores há anos.
É natural, como o foi no passado, que há problemas pontuais: alguns erros de colocações, horários desajustados, falta de colocação de professores, que terão a sua resolução.
Sobressai ainda o problema do desemprego dos professores, mas isso decorre fundamentalmente do contínuo aumento do número de professores e da diminuição acentuada do número de alunos e de turmas. Este sim é um problema..
E como isto até está calmo, nada melhor do que criar confusão.
E vai daí, anda-se pelas escolas a atemorizar os pais com a hipótese de encerrar as AEC, porque não estará assegurado o seu financiamento.
Enquanto as câmaras recebiam mais e pagavam menos, nunca ninguém disse nada. Os professores resignavam-se a receber abaixo do previsto e as crianças não tinham os materiais a que tinham direito. Mas nessa altura nada era preciso comunicar aos pais..
Agora que as câmaras receberam tudo quanto tinham direito para a execução deste projecto e foi afirmado pelo Ministro da Educação que para o presente ano tudo se mantinha, põe-se em causa este serviço.
É pois imperioso realçar-se duas coisas: o Ministério da Educação já pagou o que tinha a pagar; o Ministério da Educação já assegurou que este ano as AEC se mantinha nos termos anteriores.
Não há motivos para estes alarmes.
Seria melhor começar uma discussão séria sobre a forma como funcionam as AEC, o seu horário e a sua  integração no âmbito da gestão das escolas.
Isso, sim, contribuiria para melhorar um serviço necessário, com ganhos educativos e até económicos.
Algumas autarquias já estão nesse processo. Outras preferem a confusão.

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