sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Deputado municipal analisa programa das Festas de S. Miguel

Hugo Pacheco, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da JSD, usou ontem da palavra, enquanto Deputado Municipal, para analisar o programa das Festas de S. Miguel e apresentar algumas sugestões.
Para conhecimento, divulga-se a sua intervenção.


"Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia Municipal e restantes membros da Mesa

Ex.mo Sr. Presidente da Câmara
Senhores Vereadores,

Senhoras e Senhores Deputados Municipais

Permitam-me citar dois parágrafos retirados do sítio da internet da Câmara Municipal sobre a Feira e Festas do Concelho:
“A feira de S. Miguel é um acontecimento que data da Idade Média, sendo uma das mais famosas do país.
Para a maioria dos cabeceirenses, a feira e festas tiveram sempre um significado especial. A feira representava o diferente, tudo aquilo o que permitia esquecer por uma hora ou por alguns dias, a rotina do quotidiano e ansiar pelo ano seguinte.”

Senhoras e Senhores Deputados Municipais
Face ao exposto e após a análise do programa das festas de S. Miguel de 2011, venho, enquanto jovem e penso que em nome da Juventude Cabeceirense demonstrar a nossa preocupação acerca da elaboração desse mesmo programa.
Todos sabemos que estas festas deveriam significar, não só, a atracão de todos os cabeceirenses, bem como, de gente sem qualquer tipo de ligação a este concelho.
Sendo uma das maiores festas do país, em termos de duração, acreditamos ser possível atrair a atenção das diferentes faixas etárias.
Após uma extensa análise e sempre atentos às preocupações dos jovens e dos cabeceirenses, verificamos que mais uma vez a juventude é relegada para 2.º plano.
Deparamo-nos com um programa pouco diversificado e com um défice de cultura direcionado para a juventude, sendo praticamente uma cópia fiel dos anos anteriores.
Os jovens cabeceirenses já são suficientemente marginalizados no que toca a questões como o emprego, a cultura e até o desporto, quando comparados com jovens de outros concelhos. Esperávamos, por isso, que esse défice fosse, não colmatado, mas compensado durante este período festivo.
Acreditamos ser possível fazer mais e melhor, repito, mais e melhor pelos nossos jovens, mesmo conscientes das dificuldades económicas e financeiras que assolam todo o país.
Assistimos a um calendário de festas ultrapassado, pouco inovador, onde, ano após ano, se repetem, praticamente as mesmas personagens. Julgamos que com o mesmo orçamento ou até mais baixo – o que atendendo à quantidade de festas realizadas durante o ano não parece ser problema – será possível a criação de um dia vocacionado para os mais jovens, pois temos noção que existe qualidade suficiente nas gentes da nossa terra para se proporcionar esta atividade, sendo uma oportunidade para muitos deles apresentarem os seus projetos aos seus concidadãos.
Não descuramos também a enorme diversidade de oferta cultural, vocacionada para os mais jovens que existe no nosso país.
Senhoras e Senhores Deputados Municipais
Somos desconhecedores dos critérios de nomeação da Comissão de Festas do nosso concelho, mas julgamos que necessita de algum sangue novo, pelo que propomos que nos próximos eventos seja dada a oportunidade a jovens dinâmicos e inovadores que queiram dar o seu contributo à nossa Festa.
Mais uma vez, acreditamos que existem, em Cabeceiras de Basto, jovens capazes e dispostos a assumir estas responsabilidades, como se tem vindo a verificar noutras festas do nosso concelho, nomeadamente nas Festas de Nossa Senhora dos Remédios, no Arco de Baúlhe.
Em jeito de reparo, queremos, também, alertar para a necessidade da colocação de sanitários públicos nas zonas envolventes à feira, de modo, a evitar atentados ao ambiente e à saúde pública.
Pensamos que com esta intervenção estamos a contribuir para o desenvolvimento do concelho e dos nossos jovens, que tantas vezes têm sido esquecidos e que são o princípio fundamental da atividade política em prol da comunidade."

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