segunda-feira, 25 de abril de 2011

Funcionários bons e maus...

O discurso do Presidente da Câmara nas comemorações do 25 de Abril fica marcado pela distinção que fez entre os funcionários da autarquia. 
Elogiou os funcionários das empresas municipais e criticou os funcionários da própria autarquia. 
Com isto fez uma distinção entre os funcionários da acção política (os das empresas municipais) em detrimento daqueles que servem nos serviços da autarquia. 
E nestes, parece desproporcionada a crítica, tanto mais que o município tem excelentes funcionários que o servem com dedicação e esmero.
E se alguns não cumprem os seus deveres, a quem cumpre o dever de exercer o poder de controlo e de disciplina? 
Cabe de forma evidente nas funções específicas do Presidente da Câmara.
Pelo que assim sendo, não são os únicos a prevaricar...
Mas para além disso, não fica bem, não é o local e a ocasião para "puxões de orelhas", ainda para mais genéricos e injustos para a maioria dos trabalhadores municipais.
E se há quem não mereça esse estatuto, quem não cumpre, quem não é dedicado, quem não é zeloso da sua função, então quem de direito deve ser capaz de exercer a sua autoridade e agir em conformidade. 
De nada vale queixar-se na praça pública, em dia de festa e denegrindo a todos, só e apenas para atingir quaisquer excepções.
O 25 de Abril exige mais elevação, horizontes mais largos, exige mais substância.
Mas como sabemos que os tempos não correm de feição há de encontrar pequenos pretextos para distrair as atenções.

1 comentário:

  1. digamos que o sr engenheiro Barreto reflectiu no discurso do 25 de Abril o profundo aborrecimento que lhe causam as divergências internas no PS de Cabeceiras quanto ao cabeça de lista para as próximas autárquicas.
    No fundo ele estava a falar para os funcionários socialistas que apoiam quem ele não quer.

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