Os deputados municipais denunciaram a forma como as obras são executadas e a falta de conhecimento das prioridades e execução financeira, as quais põem em causa a segurança rodoviária e contribuem para o isolamento das populações mais afastadas da sede do concelho. Transcreve-se a declaração política feita.
A Câmara Municipal, na execução dos
seus sucessivos planos de actividade, tem vindo a executar as mais diversas
obras no concelho.
Esta Assembleia não tem sido
informada quer quanto às prioridades assumidas, nem quanto à sua
calendarização.
Por isso, não estamos em condições
de conhecer com exactidão se uma obra está ou não a decorrer dentro daquilo que
está planeado e se decorre ou não de acordo com a ordem de prioridade exigida
numa planificação estruturada.
O mesmo acontece quanto à execução
financeira das referidas obras, desconhecendo se as mesmas estão a ser
executadas e a ser pagas ou estão a contribuir para aumentar a dívida e o
passivo.
Vemos porém os resultados e as
consequências.
Ora, vem isto a propósito das obras
de saneamento na EN 311, entre o cruzamento para Cucana e o Pinheiro.
Há meses que as obras estão paradas
e não foi reposto o piso, provocando enorme insegurança e desconforto no
trânsito automóvel, para além da degradação acentuada que isso traz para o
restante pavimento.
Aliás, fruto desta situação, têm
surgido públicas reclamações.
Outra situação semelhante, ocorre
na rotunda de Lamas. Uma obra parada há meses, deixando o trânsito automóvel
numa situação de “montanha russa”, sem condições de segurança e de comodidade.
Não se entende esta situação,
quando pelo meio foi executada outra obra semelhante e que já se encontra numa
fase mais adiantada, que é o caso da rotunda da Cachada.
Mas o mesmo poderíamos dizer da
variante entre Lamas e a Sobreira, uma obra paralisada, mas onde circula
trânsito ainda sem as condições adequadas.
Tratando nós esta questão de vias
de comunicação, não poderíamos também deixar de chamar a atenção para o estado
de conservação da estrada entre a Ponte de Cavez e Gondiães.
Só quem lá não passa é que pode
ignorar o lamentável estado de conservação.
É por isso que a questão das
prioridades se coloca e se demandam explicações.
Quando se fala de interioridade,
não é só entre o litoral e o interior, não é só a relação entre o poder central
e o local, é também o respeito que se exige para com as populações mais
afastadas, que só por isso já são mais prejudicadas, por parte das autarquias
locais.
Será por estas condições e por
outras certamente que as freguesias do nordeste do concelho perderam cerca de
20% da sua população.
Claro que o início das obras na EN
311, entre a vila e Lodeiro de Arque, é de saudar, mas como já afirmámos no
passado e pelo modo como as obras estão a decorrer, parece mais uma obra de
cosmética, um remendo, do que a verdadeira reconstrução que aquela via exige.
Aliás, se este tipo de obra fosse a
solução, não se compreenderia como a Câmara Municipal demorou uma dúzia de anos
a promovê-la.
Assim, vimos alertar esta
Assembleia Municipal e através dela a Câmara Municipal para a necessidade de
uma melhor articulação na calendarização e na sequência das obras em plano,
promovendo-se a conclusão urgente daquelas que estão a por em perigo o trânsito
rodoviário e o acesso condigno aos lugares mais distantes do nosso concelho.
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