Para conhecimento, divulga-se a sua intervenção.
"Ex.mo
Sr. Presidente da Assembleia Municipal e restantes membros da Mesa
Ex.mo
Sr. Presidente da Câmara
Senhores
Vereadores,
Senhoras
e Senhores Deputados Municipais
Permitam-me
citar dois parágrafos retirados do sítio da internet da Câmara Municipal sobre
a Feira e Festas do Concelho:
“A
feira de S. Miguel é um acontecimento que data da Idade Média, sendo uma das
mais famosas do país.
Para
a maioria dos cabeceirenses, a feira e festas tiveram sempre um significado
especial. A feira representava o diferente,
tudo aquilo o que permitia esquecer por uma hora ou por alguns dias, a rotina
do quotidiano e ansiar pelo ano seguinte.”
Senhoras
e Senhores Deputados Municipais
Face
ao exposto e após a análise do programa das festas de S. Miguel de 2011, venho,
enquanto jovem e penso que em nome da Juventude Cabeceirense demonstrar a nossa
preocupação acerca da elaboração desse mesmo programa.
Todos
sabemos que estas festas deveriam significar, não só, a atracão de todos os
cabeceirenses, bem como, de gente sem qualquer tipo de ligação a este concelho.
Sendo
uma das maiores festas do país, em termos de duração, acreditamos ser possível
atrair a atenção das diferentes faixas etárias.
Após
uma extensa análise e sempre atentos às preocupações dos jovens e dos
cabeceirenses, verificamos que mais uma vez a juventude é relegada para 2.º
plano.
Deparamo-nos
com um programa pouco diversificado e com um défice de cultura direcionado para
a juventude, sendo praticamente uma cópia fiel dos anos anteriores.
Os
jovens cabeceirenses já são suficientemente marginalizados no que toca a
questões como o emprego, a cultura e até o desporto, quando comparados com
jovens de outros concelhos. Esperávamos, por isso, que esse défice fosse, não colmatado,
mas compensado durante este período festivo.
Acreditamos
ser possível fazer mais e melhor, repito, mais e melhor pelos nossos jovens,
mesmo conscientes das dificuldades económicas e financeiras que assolam todo o
país.
Assistimos
a um calendário de festas ultrapassado, pouco inovador, onde, ano após ano, se
repetem, praticamente as mesmas personagens. Julgamos que com o mesmo orçamento
ou até mais baixo – o que atendendo à quantidade de festas realizadas durante o
ano não parece ser problema – será possível a criação de um dia vocacionado
para os mais jovens, pois temos noção que existe qualidade suficiente nas
gentes da nossa terra para se proporcionar esta atividade, sendo uma
oportunidade para muitos deles apresentarem os seus projetos aos seus
concidadãos.
Não
descuramos também a enorme diversidade de oferta cultural, vocacionada para os
mais jovens que existe no nosso país.
Senhoras
e Senhores Deputados Municipais
Somos
desconhecedores dos critérios de nomeação da Comissão de Festas do nosso
concelho, mas julgamos que necessita de algum sangue novo, pelo que propomos
que nos próximos eventos seja dada a oportunidade a jovens dinâmicos e
inovadores que queiram dar o seu contributo à nossa Festa.
Mais
uma vez, acreditamos que existem, em Cabeceiras de Basto, jovens capazes e dispostos
a assumir estas responsabilidades, como se tem vindo a verificar noutras festas
do nosso concelho, nomeadamente nas Festas de Nossa Senhora dos Remédios, no
Arco de Baúlhe.
Em
jeito de reparo, queremos, também, alertar para a necessidade da colocação de
sanitários públicos nas zonas envolventes à feira, de modo, a evitar atentados
ao ambiente e à saúde pública.
Pensamos
que com esta intervenção estamos a contribuir para o desenvolvimento do
concelho e dos nossos jovens, que tantas vezes têm sido esquecidos e que são o
princípio fundamental da atividade política em prol da comunidade."
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