O discurso do Presidente da Câmara nas comemorações do 25 de Abril fica marcado pela distinção que fez entre os funcionários da autarquia.
Elogiou os funcionários das empresas municipais e criticou os funcionários da própria autarquia.
Com isto fez uma distinção entre os funcionários da acção política (os das empresas municipais) em detrimento daqueles que servem nos serviços da autarquia.
E nestes, parece desproporcionada a crítica, tanto mais que o município tem excelentes funcionários que o servem com dedicação e esmero.
E se alguns não cumprem os seus deveres, a quem cumpre o dever de exercer o poder de controlo e de disciplina?
Cabe de forma evidente nas funções específicas do Presidente da Câmara.
Pelo que assim sendo, não são os únicos a prevaricar...
Mas para além disso, não fica bem, não é o local e a ocasião para "puxões de orelhas", ainda para mais genéricos e injustos para a maioria dos trabalhadores municipais.
E se há quem não mereça esse estatuto, quem não cumpre, quem não é dedicado, quem não é zeloso da sua função, então quem de direito deve ser capaz de exercer a sua autoridade e agir em conformidade.
De nada vale queixar-se na praça pública, em dia de festa e denegrindo a todos, só e apenas para atingir quaisquer excepções.
O 25 de Abril exige mais elevação, horizontes mais largos, exige mais substância.
Mas como sabemos que os tempos não correm de feição há de encontrar pequenos pretextos para distrair as atenções.
digamos que o sr engenheiro Barreto reflectiu no discurso do 25 de Abril o profundo aborrecimento que lhe causam as divergências internas no PS de Cabeceiras quanto ao cabeça de lista para as próximas autárquicas.
ResponderEliminarNo fundo ele estava a falar para os funcionários socialistas que apoiam quem ele não quer.